16/03/2023
O Porto voltou a superar todas as metas da reciclagem em 2022 com cada portuense a separar, em média, cerca de 80 kg/hab.ano de resíduos de embalagens, um crescimento de 10 kg face a 2021, e acima da meta de 60kg/hab.ano. Também a taxa de preparação para a reciclagem registou um crescimento face a 2021 (39,26%), atingindo os 42,2%.
Uma vez mais é notória a preocupação com a separação correta de resíduos, com a recolha seletiva a registar um aumento na ordem das 5500 toneladas, o que se traduz numa subida muito próxima dos 20% (18,04%). Por seu turno, no campo dos três fluxos o aumento foi de 15,5%, colocando o Porto numa posição de destaque.
Importa realçar o percurso que a cidade tem vindo a fazer no âmbito dos resíduos orgânicos que, atualmente, representam mais de 37% dos resíduos produzidos pelas famílias e, como tal, a sua valorização tem um forte impacto no desvio de resíduos que seriam, de outra forma encaminhados para o indiferenciado.
Neste contexto, a recolha seletiva de orgânicos cresceu 59%, um acréscimo de 3200 toneladas face a 2021. No que respeita aos utilizadores domésticos, estes representam uma média superior a 120 toneladas/mês recolhidas pelas mais de 32 mil famílias envolvidas. De referir que, no cômputo geral, só neste setor, aliando o sistema de porta-a-porta e orgânico de proximidade, foram recolhidas mais de 1450 toneladas em 2022.
Até ao final de 2023, prevê-se a cobertura integral da cidade, reforçando a aposta do Município na valorização destes resíduos em composto 100% natural, aplicado no enriquecimento de solos.
Os resultados alcançados em 2022, apenas cinco anos após a Porto Ambiente assumir a operação de gestão de resíduos na cidade, estão intrinsecamente ligados à estratégia da empresa municipal de privilegiar a sensibilização e a maior informação dos munícipes, estabelecimentos e instituições comerciais, e apostar num planeamento rigoroso, com reforço de equipamentos de deposição seletiva e eliminação de pontos de deposição exclusivos para indiferenciado.
Uma estratégia que tem vindo a dar frutos, com o Porto a pertencer ao núcleo de cidades “Aterro 0”, enviando apenas 0,01% do total de resíduos produzidos para este destino. O correto encaminhamento e a valorização de resíduos permitiram evitar a emissão de cerca de 15 mil toneladas de CO2 equivalente para a atmosfera, reforçando o compromisso com a meta da neutralidade carbónica da cidade para 2030, em linha com os objetivos do Pacto do Porto para o Clima.