Horta comunitária torna Fase de Serralves mais verde

18/09/2023

Horta dinamizada pela comunidade promove produção de alimentos, envolvimento dos moradores e ordenamento de espaços verdes

Desde 2019 que um grupo de moradores de um complexo habitacional na rua de Serralves se uniu no sentido de dar uma nova vida a um terreno até então desocupado, transformando-o num espaço de cultivo e cooperação para a comunidade.

Este terreno municipal com cerca de 700 metros quadrados encontra-se ladeado por terrenos privados, o que dificulta a sua utilização para outros fins. Assim, por iniciativa comunitária, este projeto foi evoluindo em articulação com a Câmara Municipal do Porto, tendo sido estabelecido um protocolo de cedência de espaço para este fim.

No decorrer do período pandémico esta dinâmica foi crescendo e ganhou particular importância, sendo um ponto de contacto com a natureza em momentos de confinamento. Atualmente, o espaço continua a ser utilizado pela comunidade, tornando claras as mais-valias para todos os intervenientes.

Este terreno alberga a plantação de diversas árvores e arbustos de fruto, de leguminosas, de ervas aromáticas e de flores, uma zona de brincar e de registo da evolução da altura dos mais novos e um compostor que permite uma maior circularidade de todo o sistema.

Para além do objetivo da produção de alimentos, este espaço revelou-se importante para a criação de relação entre os moradores, muitas vezes difícil em meio urbano, e um espaço pedagógico que recebe, inclusivamente, pequenos grupos de crianças da zona.

Este é um bom exemplo de uma iniciativa que surgiu fruto do envolvimento responsável da comunidade e que contribui para as iniciativas da cidade no âmbito das alterações climáticas, uma vez que promove o ordenamento de um espaço verde, incrementa a biodiversidade da zona, permite o aumento do sequestro de carbono e fomenta o consumo de alimentos produzidos localmente.

Um dos responsáveis pelo projeto, Daniel Lamas Oliveira, subscritor individual do Pacto do Porto para o Clima, destaca o papel da iniciativa como um “contributo ativo para os objetivos do programa (ambicioso, mas exequível) do Município e restantes stakeholders”.