04/07/2024
Portugal e Espanha, para além da sua relação ancestral, são, atualmente, um exemplo de compromisso com a transição energética. Neste âmbito decorreu, esta terça-feira, na sede da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), o II Fórum Luso-Espanhol, onde as oportunidades de transformação económica e de reindustrialização, face ao desenvolvimento tecnológico impulsionado pela aposta ibérica na transição energética, foram os temas de debate.
O vice-presidente da Câmara do Porto participou na sessão abertura, conjuntamente com Joaquim Reis, diretor da Fundação Repsol em Portugal, e Marcos Basante, presidente da Fundação Corell, instituições organizadoras do encontro.
“A cidade do Porto tem como objetivo tornar-se uma cidade mais sustentável, neutra em carbono e adaptada aos desafios que as alterações climáticas nos colocam. Não queremos que estes objetivos se fiquem apenas pelas palavras, mas que sejam concretizados”, começou por sublinhar Filipe Araújo, deixando, ao mesmo tempo, um apelo: “É necessário que este grande desígnio seja apropriado pelas instituições da nossa cidade, assumindo também elas um compromisso forte que permita ir além dos mandatos políticos”.
“Neste caminho, importa também mobilizar e poder contar com o apoio e o suporte dos cidadãos, sejam eles portuenses que aqui vivem, ou aqueles que no Porto trabalham, estudam e nos visitam, sempre numa lógica de contribuir para uma cidade próspera e sustentável”, acrescentou o também vereador do Ambiente e da Transição Climática.
Filipe Araújo relembrou que, neste âmbito, a autarquia tem apostado em produzir a sua própria energia nos edifícios municipais com a instalação de painéis fotovoltaicos, incentivado os privados a produzirem mais nos seus telhados, através de uma redução no IMI, de 500 euros por cada kilowatt (kW) instalado, ou dotando a frota do universo municipal de veículos elétricos.
“Nada disto pode ser realizado, nem nenhum objetivo atingido, sem o envolvimento de todos. Foi com este espírito que o Município lançou o Pacto do Porto para o Clima, no ano de 2022. O seu principal objetivo é juntar organizações públicas e privadas e os próprios cidadãos a participarem ativamente no roteiro da cidade para a neutralidade carbónica até 2030”, concluiu o vice-presidente.