26/09/2024
Numa crescente aposta numa mobilidade suave e no usufruto do espaço público, são já 110 as ruas da cidade onde a prioridade de circulação é dada aos peões. Nos próximos dois anos, dezenas de artérias juntar-se-ão a esta estratégia, com o Passeio das Virtudes, a Rua de São Bento da Vitória e de S. Miguel, a Rua e Travessa do Cimo de Vila, a Travessa do Cativo, a Rua Galeria de Paris, a Rua e Largo do Cativo e Rua dos Portas do Sol a serem as próximas nesta caminhada.
Com a criação de uma nova zona pedonal da Rua de São João em curso, a intervenção mais recente é visível na Rua das Carmelitas, e a pedonalização chegará, em breve, também às vias circundantes.
Neste momento, o Município aguarda o visto do Tribunal de Contas, também para avançar nas zonas de Miragaia, Cimo de Vila e Bonjardim, e expandir para outras artérias nas áreas à volta de Santa Catarina, Flores e Cedofeita.
Também a modernização do sistema de gestão de Zonas de Acesso Automóvel Condicionado (ZAAC) faz parte do plano municipal, nomeadamente nas zonas de Alexandre Braga, Miguel Bombarda, Largo de Tito Fontes, Santo Ildefonso, Sol e Sé. Este sistema abrange já quatro dezenas de arruamentos.
As soluções de requalificação que têm vindo a ser implementadas visam promover uma circulação segura, franca e convidativa por parte dos seus utilizadores e moradores, dando um novo usufruto e valorizando o espaço público.
A estratégia municipal, inserida nas grandes opções do Plano Diretor Municipal, está em sintonia com a densificação da rede de transportes coletivos a que a cidade assiste, apostando numa estrutura dedicada à mobilidade suave e uma nova política de estacionamento.
A criação de plataformas de partilha, o alargamento dos passeios com piso confortável em detrimento da oferta excessiva destinada à rede viária ou o condicionamento de tráfego automóvel em alguns arruamentos tem sido implementada, através de programas como o Rua Direita ou Rede 20, ambos distinguidos pela Rede de Cidades e Vilas que Caminham.
A lógica é a de uma melhoria contínua da utilização e da apropriação do espaço público por parte dos munícipes, através de medidas inovadoras, eficientes e sustentáveis, também em linha com o Pacto do Porto para o Clima, que tem como objetivo alcançar a neutralidade carbónica até 2030.