
Roteiro 2: Reservatório dos Congregados e Centro de Gestão Integrada
21/05/2025
O segundo itinerário dos “Roteiros com ImPacto” permitiu a visita a dois equipamentos estruturantes para a resiliência urbana e hídrica do Porto: o Reservatório dos Congregados, elemento histórico na gestão da água, e o Centro de Gestão Integrada, plataforma multidisciplinar de monitorização e resposta em tempo real.
Nesta sessão, destacou-se a importância de sistemas que operam nos bastidores da cidade, assegurando a sustentabilidade, eficiência e a capacidade de adaptação aos desafios climáticos e operacionais.
Num dos pontos mais elevados da cidade, esconde-se um segredo bem guardado: o Reservatório dos Congregados. Foi lá, no alto da Rua da Alegria, que arrancou o segundo percurso dos “Roteiros com ImPacto”. Com raízes no século XIX, o Reservatório é uma peça central na distribuição de água à zona alta da cidade, devido ao seu posicionamento estratégico: um dos pontos mais altos do Porto, assinalado por um marco geodésico.
Entre betão e história, revelou-se como o reservatório evoluiu ao ritmo da cidade, passando de tanques subterrâneos à atual infraestrutura de células circulares. Foi no século XXI, com o projeto Porto Gravítico, que o sistema foi modernizado para funcionar com a força da gravidade, dispensando estações elevatórias e reduzindo o consumo energético. Hoje, a água do Porto move-se, quase silenciosamente, pelo subsolo e a sustentabilidade passou a ser motor da eficiência hídrica da cidade.
O roteiro continuou em direção à gestão urbana. O Centro de Gestão Integrada (CGI), sediado no Regimento de Sapadores Bombeiros, na Rua da Constituição, revelou outra dimensão da sustentabilidade, a capacidade de resposta coordenada. O CGI agrega uma sala de crise e uma sala de operações, onde se reúnem entidades como Polícia Municipal, PSP, Metro do Porto, STCP e Proteção Civil, para monitorizar a cidade 24 horas por dia.
O vice-presidente da Câmara, Filipe Araújo, destacou a evolução de “um centro de mobilidade para um centro multidisciplinar, vital e único no país”, que garante uma resposta rápida e articulada a eventos extremos ou de grande impacto, como o recente “apagão” ou a gestão de grandes festividades na cidade.
Com tecnologia de ponta como videowalls, drones, sensores, sistemas meteorológicos e plataformas digitais, o CGI é hoje o cérebro digital do Porto. Aqui, destacou-se a importância deste tipo de sistemas para a adaptação da cidade a fenómenos extremos decorrentes das alterações climáticas, sendo fundamentais para conter e mitigar danos, bem como garantir a salvaguarda de pessoas e bens.
Monofolha:
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Vídeo resumo:
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