Comunidade estudantil põe mãos à obra por uma cidade sem cigarros
17/11/2025
Para assinalar o Dia Mundial do Não Fumador, celebrado a 17 de novembro, a Câmara do Porto, a Polícia Municipal (através do Policiamento Comunitário) e as instituições de ensino da cidade chamaram às ruas perto de cinco centenas de estudantes para recolher pontas de cigarros. Motivada por uma vida mais saudável, a comunidade estudantil respondeu “sim” ao desafio e, esta segunda-feira, dividiu-se pelas diferentes artérias da Invicta para pôr mãos à obra.
Perto de 500 estudantes da Academia, tal como alunos de algumas escolas do Porto, mostraram, esta segunda-feira, que a praxe vai além de ecoar cânticos. Acompanhados pelos agentes da Polícia Municipal e de luvas e sacos na mão, os jovens espalharam-se pelo coração da baixa portuense por uma cidade mais limpa e saudável.
No terceiro ano consecutivo desta iniciativa, a vice-presidente da Câmara do Porto, Catarina Araújo, destacou a importância da atividade por “sensibilizar e alertar para os malefícios do tabaco, sob o ponto de vista da promoção da saúde”, nomeadamente entre as camadas mais jovens.
Além disso, a também vereadora do Ambiente e Sustentabilidade sublinhou a necessidade “de reforçar o civismo dos cidadãos e evitar situações que possam prejudicar o ambiente e o espaço público”.
De notar que esta é uma iniciativa integrada no projeto “Fumo 0”, que, ao longo do mês de novembro, promoveu a realização de várias ações de sensibilização, em conjunto com a ULS São João, sobre os perigos do consumo de tabaco e enquadramento contraordenacional a quando o descarte de pontas de cigarro na via pública.
Atuação preventiva
Para Catarina Araújo, esta é também uma forma de promover uma “uma atuação preventiva” com o crivo da Polícia Municipal, sobretudo porque este tipo de sensibilização “ajuda a evitar uma atitude mais repressiva ao nível da contraordenação”.
Como explicou a comandante da Polícia Municipal, Liliana Marinho, “ainda há pessoas que não sabem que atirar uma beata para o chão constitui uma contraordenação”, alertando para a importância de explicar a legislação em vigor aos mais jovens, na expectativa que estes sejam agentes de promoção de um “passa a palavra” que chega às suas casas e grupos de amigos.
Um trabalho inacabado
Sentados nas escadas da Praça do General Humberto Delgado – ponto de partida da atividade –, os jovens ficaram a saber que atirar “beatas” para a via pública incorre numa infração que pode levar ao pagamento de uma coima entre os 150 e os 500 euros – o que surpreendeu muitos dos presentes.
“Este é um trabalho que nunca está terminado”, constatou a autarca, que participou na atividade de limpeza.
O vereador do Desporto, Juventude e Associativismo, Rodrigo Passos, também calçou as luvas para se juntar aos “caloiros e doutores”, numa “iniciativa que é louvável”, uma vez que “mostra aquelas que são as preocupações da Câmara do Porto, não só ao nível do ambiente, mas também quanto ao cuidado que devemos ter com a nossa cidade”, trazendo à tona “um assunto que está na ordem do dia: a melhoria das práticas de consumo e de bem-estar público”.
A atividade do Dia Mundial do Não Fumador, que também contou com a presença do presidente da Federação Académica do Porto, Francisco Porto Fernandes, juntou as seguintes instituições de ensino: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Escola Superior de Saúde do Porto, Escola Superior de Educação do Porto, Universidade Católica, Universidade Lusófona, Escola Profissional de Economia Social, Agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade e Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano.